Por que ler de tudo é importante?

Cara, como eu perdi esse tópico? Excelente tópico, várias coisas legais que eu gostaria de comentar inclusive.

A primeira, sobre os romances policiais. Isso é um fato. Escrever um romance policial é difícil demais. Além de você precisar de uma boa trama, todos os detalhes informacionais que precisa dão um trabalho fenomenal (detalhes de balística, medicina e etc... como falou).

Sou totalmente a favor do que fala de lermos vários gêneros. Às vezes leio só por diversão mesmo, às vezes para refletir, livros mais pesados, às vezes leio só trechos, só pra estudar os estilos. Enfim, temos de ler de tudo mesmo. Todos os gêneros, de literatura clássica à literatura só por entrenimento mesmo (quem não gosta de uma boa história?).

E sobre retirar os originais das gavetas, é triste, mas a pura verdade. Se deixar passar muito tempo, geralmente olhará para o que escreveu e achará horrível, caso siga evoluindo, já aconteceu MUITO comigo. Acontece até hoje. O livro que tenho pronto acho muito bom, bem legal, divertido; mas eu sei que poderia ter feito ainda mais com a narrativa dele, mesmo tendo polido ele milhares de vezes depois de pronto. Enfim, é isso.

Tópico muito legal. Acho que todos podíamos trocar experiências!

É isso aí Leo. E tem sempre o que mudar numa história já feita. Daí vem muitos dos errinhos bobos de revisão quando lemos uma obra. Coisa como "...e ele deu os tiro...", por exemplo. Até explicar que originalmente se escrevera "...e ele deu os tiros..." e que depois se resolveu mudar para um tiro só, e o OS, ficou para trás, dando essa má impressão de plural misturado com singular, é tarde demais. Por isso a necessidade de uma revisão profisional, bem feita, já que erros assim o filho-da-mãe do Word não pega.

Mas tem uma hora que é "ou vc publica, ou não..." É a hora em já mudamos o texto tantas vezes que já está mais que perfeito. Deve-se largar este de vez porque senão vc nunca vai para outro. Nunca evolui, fica preso naquele outro para sempre, já que as mudanças que vc faz são simplesmente de "seis por meia-dúzia".

Mas insistir bastante para melhorar o que já se escreveu, é uma necessidade. É benéfico saber que se evoluiu, desde a última vez que vc pegou aquele antigo texto. Achar erros ou frases toscas em textos já escritos mostra exatamente isso: evolução!

Olá, Albarus, lembro-me agora que furei com você ontem - cozinheiro em véspera de feriado, estou cozinhando até agora... Peço desculpas mais uma vez.

Isso também acontece comigo, faço a revisão e esqueço o texto por um tempo, quando volto pra ler, sempre mudo alguma coisa. Acho importante que outra pessoa leia nossos textos, seja um profissional, seja um colega de confiança. Os erros que apontam são sempre primários e, como você mesmo disse, o bendito Word não os aponta.

Leo.

Escrever romances - aliás, escrever em geral - realmente nos força a ler de tudo. Antes de começar a escrever Entre a Fé, precisei pesquisar bastante sobre Orquestra Sinfônica, Violino, Piano, Maestros e até sobre Gastronomia - minha área, mas existem coisas que a gente termina esquecendo. Tenho que assistir vídeos de concertos constantemente, além de visitar quase todos os dias o site da OSESP. O mais engraçado é que mais de 80% das informações que recebo não vão pro livro...
Pesquisar dá mesmo muito trabalho.

É verdade, quando eu queria escrever um romance histórico sobre vampiros - estilo o Vampiro Lestat, com a história do vampiro desde 1500 ou por aí, eu estava pesquisando muuuito de história.
Acabei desistindo "por enquanto", por não conseguir encaixar a história como queria...
Agora, depois que terminar minha potencial trilogia (hehe que coisa, nem terminei a parte 1 do livro 1 mas estou pensando em trilogia) já tenho uma idéia ótima para encaixar esse vampiro histórico - mas sei que vai dar MUUUUITO trabalho, pois quero que ele seja parte atuante das situações históricas do mundo...

Oi mayarend. É sim mesmo. Quando a gente começa a fazer pesquisa, aparece muito material!

Escolher o que vai para o livro dá trabalho, mas é melhor a gente sofrer pelo excesso do que pela falta! Tente garimpar melhor e, mesmo se tiver uma situação muito boa que tenha aparecido, mas que lhe parece ser "excesso", é melhor usar da boa e velha tesoura! Corte sem piedade! Aquela sensação de que estamos cortando um pedaço de nós mesmos ao retirarmos um parágrafos (ou vários) que ficou tão bom, é passageira. Ao se deparar com o texto mais enxuto e coeso, vale a pena no final.

É por isso que eu me recuso em tentar escrever livros mais complexos e que abordem outros temas. O mais indicado é escrever sempre daquilo que você mais entende. Eu, por exemplo, não saberia como fazer um romance policial, pois não li quase nenhum ao longo de minha sala de leitor. Logo, preferi adentrar no universo de fantasia( me privando um pouco dos detalhes mais medievais e preferindo criar um universo próprio para burlar a verossimilhança de época).
E também estou escrevendo uma história juvenil, misturando um pouco fantasia e coisas do subconsciente.

Mas não é por isso que uma hora ou outra não vou pegar um livro de terror, romance(até meloso), policial, e qualquer outro gênero, para ler.

Não dá para fugir Luizdreamhope. Deixar de falar de um assunto por não se ter base é uma providência passageira. O certo é ir atrás e aprender (é lógico que não dá para abarcar o mundo, mas reunir um tanto de áreas de interesse que sempre surgem faz parte do know-how do escritor. Lembre-se que isso é divertido! Ler e conhecer coisas novas abre um leque absurdo de possibildades criativas! ). Se você sempre deixar de lado um assunto por ignorá-lo vai limitar muito a sua escrita. corra atrás porque tem gente fazendo isso, e se você não fizer, outros vão te passar!

Mas eu acho que pode-se fugir de um assunto ou outro mesmo. Ninguém é obrigado também a escrever fantasia, e romance policial, e romance introspectivo e etc.. etc.. etc.. Acho legal que a pessoa leia de tudo, mas isso não significa também escrever de tudo. Essa questão que ele colocou do romance policial lembra bem isso. Mesmo que ele tivesse lido contos do tipo, dificilmente conseguiria escrever contos do tipo, pq ainda precisaria de todo um estudo para tal, em termos técnicos mesmo.

hehe, claro que não vou fugir. Mas escrever sobre uma área que menos tenho semelhança não é uma boa. Ainda sou jovem, e até adquirir conhecimentos suficientes para me jogar em outros gêneros vai demandar tempo. Até lá, ficarei nos mundos que mais compreendo, como o universo fantástico. E gradualmente vou lendo livros diferentes, pegando apenas as caracteristicas mais sucintas para meus textos.

E mesmo assim, se preferir continuar nos universos fantásticos e tal, não haverá problema. Os melhores escritores de literatura fantástica (falando do estilo Tolkien e etc...) tinham um profundo conhecimento de línguas e mitos para criar suas histórias. A J.K. se inspirou em um monte de coisas, o Tolkien, o C.S. Lewis.