Um mistério na Floresta de Selena
Na floresta de Selena, as batalhas travadas nos últimos dias tornaram-se intensas. O outrora belo mar verde, estava sujo com o sangue de guerreiros e soldados de ambos os lados. A última batalha na madrugada, resultou na morte de ambos os lados. A tragédia era grande.
Soldados do Império Real e guerreiros da Tribo dos Ogros Selvagens enfrentaram-se numa luta ferrenha em condições iguais. Os poucos que sobreviveram não conseguiram sair com vida na floresta. Muitos morreram na longa jornada tentando escapar daquele lugar. Um soldado andava cambaleante, as pernas estavam trêmulas e sua visão turva.
A sua cota de malha pesava a cada passada, o tempo fresco da manhã fazia-o tremer. Na mão direita, a espada caída roçava a grama. O elmo era carregado debaixo do braço esquerdo. Mandrov não agüentava mais andar, caminhava sem rumo passando por uma clareira aberta. O sol brilhou intenso e os seus sentidos desapareceram.
Com a cabeça de lado, olhou para as flores que o tranquilizou. Sentiu que era chegada à sua hora. Tinha em mente o dever cumprido como soldado nessa terra. Pensava na sua família, na mulher e nos filhos. Queria estar ao lado de todos em sua casa comemorando a vitória.
Uma jovem surge pegando o soldado em seu colo.
- Quem é você? – perguntou Mandrov.
- Me chamo Luava. Vim cuidar de você, não deixarei morrer aqui nessa floresta. – diz a jovem que olhava para o soldado.
Seus olhos encheram-se de lágrimas, não imaginava que uma jovem com a voz doce aparecesse naquele lugar para lhe salvar do destino. Seu semblante era divino, os olhos azuis cintilavam o céu limpo do amanhecer.
- Você foi o único que sobreviveu nessa floresta. Os povos antigos pediram para o senhor proteção divina, e uma dessas pessoas foi Selena, a quem foi abençoada como protetora de todo esse lugar. Mesmo depois da sua morte, ela continua viva, habitando esse lugar com os espíritos, levando para a morte todos que se atreveram a guerrear. Quando uma batalha é travada, ninguém sai com vida até todos perecerem.
- Mas porque vocês me perdoaram?
- Você lutou contra a sua própria vontade ao levantar a espada. Mas no fundo a sua alma clama por paz, mesmo tirando a vida desse gente.
- Eles sempre foram tratados como verdadeiros monstros pelo Rei do Império. No fundo, fico entristecido por ter matado vários deles. Somos controlados como marionete pela vontade do imperador.
A moça acariciou o soldado, suas mãos deslizaram suavemente pelos cabelos ruivos do homem. Ele sentia uma leve energia percorrer o seu corpo. Seus olhos fixaram na mulher, impressionado com a sua beleza, conheceu-na de algum lugar mas não lembrava. Seus cabelos loiros brilhavam com a brisa do vento.
Luava pegou um galão de água e ofereceu um gole do líquido na boca do soldado. Com um leve toque do dedo, molhou os lábios antes ressecado. Mandrov sentiu-se relaxado e adormeceu no seu colo, suas feridas sumiram.
O som da música envolvia toda a floresta, as flores ganhavam vida e todo aquele lugar voltava a ficar colorido. Os raios do sol iluminavam Luava e Mandrov. Sentia a felicidade de ver o homem no seu rosto. Uma pessoa a quem esperava tanto ver e que amou no passado.
Um ogro surgiu de dentro, passando pelas árvores da floresta. Caminhava tranquilamente, seu rosto era sereno. Com uma pele morena, os olhos negros de urso se juntava com o cabelo trançado e uma a barba longa que caía sobre o peito. Ela olhou o seu amigo que se aproximava, e recordou do nome do seu amado ser pronunciado como um vento.
- Os espíritos pouparam a vida de Hedrog. - falou o ogro. - Sabe que não pode ficar muito tempo fora Lúcia. Minha querida eles precisam de você, os espíritos estão lutando para manter a floresta de Selena viva.
- Esse era o meu nome antes de morrer. Ele era tudo que eu tinha na nossa época. Não queria vê-lo morrer aqui, precisava ajudá-lo pra continuar a sua jornada.
- Você não pode fazer mais por esse homem. Precisa seguir o seu caminho, deus sabe como guiar o seu destino dessa terra.
- Queria ficar mais um tempo. Mas você tem razão meu amigo, precisamos recuperar a força vital dessa floresta.
- Que o senhor esteja conosco para a proteção de Selena.
A jovem se levantou com um gesto positivo e seguiu com o seu amigo rumo à floresta.
Na floresta de Selena, as batalhas travadas nos últimos dias tornaram-se intensas. O outrora belo mar verde, estava sujo com o sangue de guerreiros e soldados de ambos os lados. A última batalha na madrugada, resultou na morte de ambos os lados. A tragédia era grande.
Soldados do Império Real e guerreiros da Tribo dos Ogros Selvagens enfrentaram-se numa luta ferrenha em condições iguais. Os poucos que sobreviveram não conseguiram sair com vida na floresta. Muitos morreram na longa jornada tentando escapar daquele lugar. Um soldado andava cambaleante, as pernas estavam trêmulas e sua visão turva.
A sua cota de malha pesava a cada passada, o tempo fresco da manhã fazia-o tremer. Na mão direita, a espada caída roçava a grama. O elmo era carregado debaixo do braço esquerdo. Mandrov não agüentava mais andar, caminhava sem rumo passando por uma clareira aberta. O sol brilhou intenso e os seus sentidos desapareceram.
Com a cabeça de lado, olhou para as flores que o tranquilizou. Sentiu que era chegada à sua hora. Tinha em mente o dever cumprido como soldado nessa terra. Pensava na sua família, na mulher e nos filhos. Queria estar ao lado de todos em sua casa comemorando a vitória.
Uma jovem surge pegando o soldado em seu colo.
- Quem é você? – perguntou Mandrov.
- Me chamo Luava. Vim cuidar de você, não deixarei morrer aqui nessa floresta. – diz a jovem que olhava para o soldado.
Seus olhos encheram-se de lágrimas, não imaginava que uma jovem com a voz doce aparecesse naquele lugar para lhe salvar do destino. Seu semblante era divino, os olhos azuis cintilavam o céu limpo do amanhecer.
- Você foi o único que sobreviveu nessa floresta. Os povos antigos pediram para o senhor proteção divina, e uma dessas pessoas foi Selena, a quem foi abençoada como protetora de todo esse lugar. Mesmo depois da sua morte, ela continua viva, habitando esse lugar com os espíritos, levando para a morte todos que se atreveram a guerrear. Quando uma batalha é travada, ninguém sai com vida até todos perecerem.
- Mas porque vocês me perdoaram?
- Você lutou contra a sua própria vontade ao levantar a espada. Mas no fundo a sua alma clama por paz, mesmo tirando a vida desse gente.
- Eles sempre foram tratados como verdadeiros monstros pelo Rei do Império. No fundo, fico entristecido por ter matado vários deles. Somos controlados como marionete pela vontade do imperador.
A moça acariciou o soldado, suas mãos deslizaram suavemente pelos cabelos ruivos do homem. Ele sentia uma leve energia percorrer o seu corpo. Seus olhos fixaram na mulher, impressionado com a sua beleza, conheceu-na de algum lugar mas não lembrava. Seus cabelos loiros brilhavam com a brisa do vento.
Luava pegou um galão de água e ofereceu um gole do líquido na boca do soldado. Com um leve toque do dedo, molhou os lábios antes ressecado. Mandrov sentiu-se relaxado e adormeceu no seu colo, suas feridas sumiram.
O som da música envolvia toda a floresta, as flores ganhavam vida e todo aquele lugar voltava a ficar colorido. Os raios do sol iluminavam Luava e Mandrov. Sentia a felicidade de ver o homem no seu rosto. Uma pessoa a quem esperava tanto ver e que amou no passado.
Um ogro surgiu de dentro, passando pelas árvores da floresta. Caminhava tranquilamente, seu rosto era sereno. Com uma pele morena, os olhos negros de urso se juntava com o cabelo trançado e uma a barba longa que caía sobre o peito. Ela olhou o seu amigo que se aproximava, e recordou do nome do seu amado ser pronunciado como um vento.
- Os espíritos pouparam a vida de Hedrog. - falou o ogro. - Sabe que não pode ficar muito tempo fora Lúcia. Minha querida eles precisam de você, os espíritos estão lutando para manter a floresta de Selena viva.
- Esse era o meu nome antes de morrer. Ele era tudo que eu tinha na nossa época. Não queria vê-lo morrer aqui, precisava ajudá-lo pra continuar a sua jornada.
- Você não pode fazer mais por esse homem. Precisa seguir o seu caminho, deus sabe como guiar o seu destino dessa terra.
- Queria ficar mais um tempo. Mas você tem razão meu amigo, precisamos recuperar a força vital dessa floresta.
- Que o senhor esteja conosco para a proteção de Selena.
A jovem se levantou com um gesto positivo e seguiu com o seu amigo rumo à floresta.
Ela deixou o soldado dormindo na relva e uma forte brisa assoprou nas folhas das árvores. As horas passaram e Mandrov acordou ficando de joelhos observando a clareira em sua volta. Lembrou da mulher que o salvara, da água doce que bebeu e da bela canção que ouviu. Queria vê-la mais uma vez, para agradecer pela nova vida que lhe deu.
Rogério H.P Pontenegro
Rogério H.P Pontenegro