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    O Beija-flor Vermelho (Conto fantasia épica)

    Leonardo Brandão
    Leonardo Brandão


    Mensagens : 2
    Data de inscrição : 09/08/2010

    O Beija-flor Vermelho (Conto fantasia épica) Empty O Beija-flor Vermelho (Conto fantasia épica)

    Mensagem por Leonardo Brandão Seg Ago 09, 2010 8:18 am

    A lenda do beija-flor vermelho conta a história de Viroo Vashir, antepassado de um dos personagens presentes na saga "Espadas do Destino". A escrita presente na lenda é igual à que emprego nos livros, senda esta um bom exemplo daquilo que se pode esperar. A lenda está presente no blog da pentalogia (http://espadasdodestino.wordpress.com/), e foi criada uma secção na página do facebook onde esta pode ser comentada (https://www.facebook.com/page/Espadas-do-Destino/345275394052?v=app_2373072738).

    O Beija-flor Vermelho

    Um grito ecoou na escuridão, longe e difuso, como uma antiga memória. A inconsciente consciência começou lentamente a despertar, e um rítmico chiar encheu o seu vazio. O cheiro a carne putrefacta perturbou os confusos pensamentos que se começavam a formar, embora estes pouco mais fossem que incoerentes frases repletas de dúvidas. Poucas eram as certezas que ainda existiam na débil memória, e à medida que esta começava lentamente a regressar, também um enorme grito se alastrou pela escuridão. Dor. Intensa e insuportável dor parecia cegar todos os sentidos, toldando o raciocínio e a percepção. E à medida que a lucidez regressava, mais esta aumentava.
    Esforçando-se por abrir as pálpebras onde cada pestana parecia pesar uma montanha, dois olhos azul claros, quase cinzentos, tentaram discernir os desfocados objectos à sua frente. Uma onda gelada alastrou-se desde a sua nuca, aumentando a dor que desta nascia e que parecia aumentar a cada pulsação. A sua cabeça rugia de dor, e um insuportável zumbido abafava qualquer som que chegasse aos seus ouvidos, assim como um quente líquido que deles escorria. O seu cérebro gritava em profunda agonia, cada pensamento durava uma eternidade a ser conjugado e quando o fazia, terminava sempre numa pergunta. Onde é que eu estou…? Quem é que eu sou…?
    À medida que a visão se começava lentamente a focar, a sua memória começou preguiçosamente a fazer o mesmo. Subitamente uma palavra desenhou-se na sua mente: Liandine! Era um nome, não o seu, mas o de alguém importante, muito importante, embora o porquê ainda não fosse claro.
    Abanando os braços assim que os conseguiu sentir, descobriu que estes estavam acorrentados pelo metálico som que abafadamente lhe chegou aos ouvidos. As suas mãos encontravam-se adormecidas sobre as suas pernas, e estas estendidas sobre aguçadas pedras frias. Os seus olhos conseguiram discernir a húmida camada negra que cobria o chão, uma mistura de terra, fezes e sangue, e percebeu que estava num masmorra. A sua mente semiconsciente procurava uma razão para a sua presença ali, mas a única coisa verdadeiramente clara era o nome que acompanhava um sentido de urgência: Liandine…
    Erguendo a custo a cabeça, orientou o seu olhar para o resto da escuridão ao mesmo tempo que uma facada aguda na sua nuca o obrigava a torcer a garganta num doloroso gemido. Um círculo dourado desenhava-se no imundo chão a poucos metros de si, e ao erguer o olhar descobriu que este provinha de uma grelha no húmido tecto que subia por mais de cinco metros. Indistintos sons continuavam a chegar aos seus ouvidos, embora não fosse possível dizer se eles provinham da masmorra ou das sombras que ocasionalmente atravessavam a grelha. O seu olhar captou algo pelo canto direito, e ao rodar a cabeça descobriu dois negros olhos, tão fundos como as prisões de Zulmun, a olharem-no por debaixo de dois longos chifres.
    A grotesca cabeça de boi que o fitava acordou finalmente a sua memória. Viroo era o seu nome, e soldado a sua profissão. Era capitão da guarda Imperial do palácio do Dragão, na gloriosa cidade de Pelgrion. Pelgrion! Pela graça de Siriath… Ao lembrar-se da capital do reino de Erëgar, Viroo lembrou-se da última vez que a tinha visto e da fúria que dele tomara conta. A esplendorosa cidade erguida na costa Este da península de Olgurak, outrora a mais bela cidade de Keruvien, havia sido completamente destruída. As magnificas torres que outrora pontuaram o seu horizonte, tinham sido substituídas por longas colunas de fumo negro, e a armada do reino, a mais poderosa dos reinos humanos, ardia nas suas costas douradas. E ao lembrar-se das labaredas que consumiam as feridas da cidade, Viroo lembrou-se também dos seus assassinos.
    A sua visão focara-se finalmente, e embora a dor na sua nunca ainda se alastra-se pelos seus músculos como uma agonizante trovoada, o tumulto em que a sua mente mergulhara silenciava-a facilmente. Estava fechado numa larga e escura masmorra, parcamente iluminada por pequenos orifícios no tecto, e para além dele dezenas de outros vultos se encontravam acorrentados às húmidas paredes. O cheiro a morte vagueava pela densa atmosfera, como um abutre a sobrevoar as suas futuras presas, e Viroo percebeu que se não se conseguisse libertar em breve seria uma delas. Isto não correu como eu esperava…
    A sua missão era suicida desde o principio e Viroo sabia bem que aquele era um dos possíveis finais, mas apesar disso nem por um segundo havia pensado em desistir. A fúria que sentira calara qualquer instinto de sobrevivência que existisse dentro de si, e os negros cenários que se desenharam na sua mente haviam forçado os seus músculos até níveis ainda mais sobrenaturais do que era comum. Liandine… Tenho de sair daqui, tenho de a encontrar!
    Como se o seu desejo tivesse sido ouvido, a enorme porta da masmorra abriu-se após um curto agitar metálico. O forte brilho de um candeeiro alastrou tenebrosas sombras pela masmorra à medida que o seu portador entrava nesta, e ao ver a negra silhueta do massivo humanóide coroada com dois mortíferos chifres, Viroo percebeu que chegara o momento de agir.

    O Homem

    A história de Viroo começa no ano 2703 da terceira Era, no pináculo do Verão em Erëgar. No Norte da península de Olgurak, os seus olhos azuis cinza encontraram pela primeira vez o mundo de Keruvien, rodeado de dezenas de pessoas que encheram a sua vida de amor. Os seus olhos encontraram de imediato dois castanhos-claros, que o fitavam orgulhosamente humedecidos de felicidade. Os seus cabelos dourados brilhavam tanto como a capa de Lurmin no céu, e deles Viroo nunca se esqueceu ou abandonou. Pois tudo o que viria a ser, devia-o à sua mãe.
    Viroo cresceu rodeado por riquezas e respeitado como um rei, mesmo na sua infância. A longa linhagem da sua família estendia-se até aos reis Almün, que muito antes de qualquer humano pisar Keruvien já habitavam na Mansão de Vashir, aninhada na escarpada encosta do polegar de Urukar. O enorme rochedo erguia-se por duzentos metros nas costas da vila protegendo-a dos violentos ventos do Mar Curnçio a Este, e debaixo da sua sombra a vila prosperava longe das guerras dos homens. O sangue Almün vivia ainda em Vashir, e os poderes do mundo antigo protegiam a vila melhor que qualquer muralha.
    O pai de Viroo fora um antigo general em Pelgrion, mas quando perdeu o olho direito numa batalha teve de abandonar o campo de batalha. Os seus deveres eram principalmente burocráticos, e isso acabou por ser preponderante no destino de Viroo. Com uma alma de combatente, desde cedo o seu pai começou a treinar Viroo a manejar uma lâmina, e desde cedo o seu talento começou a florescer. Viroo aprendia rapidamente e em combate utilizava as habilidades que adquiria como um criatividade rara, mas apesar do seu talento não é por isso que o seu nome é recordado.
    No trono de Vashir sentava-se a sua mãe, descendente directa do povo antigo e detentora de poderes há muito esquecidos. A sua Agran-Mur, a capacidade inata, era a Durnëdom, o sonho do profeta como era lembrada, e era uma das mais raras mesmo no tempo dos Almün. A sua habilidade permitia-lhe prever o futuro, embora nunca segundo a sua vontade e muito raramente de força explicita. Mas apesar das suas profecias, o futuro de Vrior sempre se prometeu glorioso.
    Da sua herança Almün, Vrior herdou uma Agran-Mur que o escreveria o seu nome no mural de honra de Falanch. A primeira vez que se manifestou foi por volta dos dez anos, quando treinava com o seu pai debaixo do alaranjado sol de final de tarde. Quando o seu pai desferia um indefensável golpe em direcção ao seu rim esquerdo, Viroo rodou os braços e defendendo o golpe colocou a sua espada de madeira na garganta de seu pai. O golpe foi executado num piscar de olhos, em que pouco mais que dois desfocados braços se conseguiram ver. A electrizante velocidade de Viroo era uma das mais bem registadas Agran-Mur, e no tempo dos Almün era uma das cinco bênções de Falanch. Tivesse nascido três mil anos antes, Viroo seria enviado para Langamor onde aperfeiçoaria a sua habilidade e um dia faria parte da Gabor-Nim, os Falcões Azuis. Mas Langamor era agora uma cidade fantasma, e a pentagonal fortaleza dos guerreiros de Falanch fora há muito abandonada.
    De qualquer forma, Viroo cresceu e com ele a sua velocidade. A sua mestria com a espada tornou-se tão grande como a dos lendários guerreiros dos homens, e com a sua incomparável velocidade, invencível. O seu cabelo vermelho, herança do seu pai, valeu-lhe a alcunha de "O Dragão de Vashir", embora fosse outro o nome pelo qual seria recordado.
    Aos vinte anos Viroo parte de Vashir para Pelgrion, em busca de um lugar na guarda imperial da antiga Lilisver. Aquando a sua partida recebe a bênção de seu pai assim como a sua antiga espada, Dente de Lobo, e uma estranha profecia de sua mãe:
    Em Pelgrion encontrarás tudo o que faz os homens felizes, mas nunca o serás.
    Terminando as suas palavras com um sorriso, a sua mãe cortou uma madeixa do seu cabelo dourado e depositou-a nas mãos de Viroo de onde nunca mais saiu.
    A cidade de Pelgrion maravilhou-o como nunca antes algo o fizera, e enquanto passava pelas suas espessas muralhas rosadas, enquanto caminhava pelas suas ruas pavimentadas com mármore polido, enquanto fitava as longas torres que subiam em espiral de majestosas casas com paredes sumptuosamente esculpidas, nunca a sua boca se fechou ou os seus olhos se fecharam por mais que um milissegundo. A cidade fora erguida das ruínas de Lilisver, e embora muitas das obras que os Lolürnë haviam construído pouco mais agora fossem que estranhos blocos de pedra esculpida, a cidade era ainda uma magnifica conjunção de engenho e beleza. Enquanto admirava as fachadas adornadas com estátuas e linhas perfeitamente desenhadas na pedra polida, Viroo questionava-se como poderia a antiga cidade superar a beleza que Pelgrion possuía. Toda a cidade parecia ter sido desenhada por Dineleth, e desde a calçada onde cada bloco possuía um diferente desenho até ao topo das longas torres de mármore rosa pontuadas com enormes estátuas, toda a cidade era uma homenagem à arte e a beleza de Keruvien.
    Dois edifícios sobressaíam na cidade: o templo dos deuses, e o palácio do Dragão. O templo dos deuses fora o único edifício que sobrevivera incólume à partida dos Lolürnë, e o único onde verdadeiramente se podia observar a arte dos filhos de Dineleth. A sua enorme cúpula de mármore branco era tão alta como a maioria das torres da cidade, e tão larga como a maioria das praças. Em seu redor subiam onze torres, cada uma dedicada a um dos deuses superiores, encontrando-se no seu topo, a mais de cinquenta metros de altura, estátuas dos mesmos. Os deuses observavam a cidade com sorrisos, como se as próprias estátuas a admirassem tanto como os seus criadores, e por aquilo que Viroo estava a observar, bem o podiam fazer.
    Apesar da beleza de cada pedra do templo ser superior à da maioria das cidades de Keruvien, não era este que captava os olhares de quem chegava pela primeira vez à cidade. Rodeado por quatro torres com mais de cem metros de altura e com um diâmetro de trinta, o palácio do Dragão brilhava na encosta mais elevada da cidade ao sabor de Lurmin. O seu mármore rosado esculpido pelos maiores artesões que Keruvien alguma vez conheceu, tornavam o palácio no mais rico registo histórico dos filhos dos deuses. Em cada parede, em cada coluna, em cada pedra que constituída o palácio havia sido esculpido um pedaço da história de Keruvien, e em redor destas amontoavam-se académicos em busca do seu significado. Dizia-se que uma vida não era suficiente para descobrir toda a história que as suas pedras continham, mas mesmo assim dezenas de homens dedicavam as suas vidas a fazê-lo.
    O palácio, assim como a maioria da cidade, tinha sido parcialmente destruído após a partida dos filhos de Dineleth, e muitas das pedras que agora o constituíam haviam sido esculpidas por mãos humanas. O trabalho nunca parava no palácio mesmo já estando este completamente reconstituído, e muitos homens trabalhavam ainda neste, criando e reparando, destruindo e aperfeiçoando. Desde que a primeira rainha de Erëgar subira ao trono de escamas à mais de dois mil anos, nunca mais houve um dia de descanso na cidade, e para além da reconstrução da cidade antiga, novas partes haviam sido erguidas. Um dos objectivos das rainhas de Pelgrion sempre foi manter a cidade como um santuário de Arte e História, e muitos homens dedicavam as suas vidas a registar nas suas pedras a história de Keruvien.
    Absorto pelo esplendor de Pelgrion, Viroo deslizou até ao palácio do Dragão onde apresentou à guarda imperial o brasão de Vashir e a carta de recomendação de seu pai. As suas credenciais permitiam-lhe obter de imediato um posto de comando do exército de Erëgar, mas Viroo insistiu em começar por baixo como todos os restantes candidatos, e a ser submetido às mesmas provas. A sua afável maneira e o seu simples discurso permitiram-lhe juntar-se aos soldados como se não passasse do filho de um pastor, mas a sua habilidade rapidamente o distinguiu.
    O Dragão de Vashir superou todos os obstáculos a que foi submetido, e com a atenção que começou a chamar dos oficiais, rapidamente adversários começaram a desafiá-lo para combates. Todos os combates Viroo venceu, e todos os que o viam lutar pouco mais conseguiam fazer que abrir as bocas de espanto, mesmo os seus adversários. Os braços de Viroo tornavam-se numa mancha difusa em combate, e antes que o seu adversário pudesse perceber o que estava a acontecer, já a Dente de Lobo se encontrava encostada às suas gargantas. Os seus braços desapareciam com a velocidade dos seus movimentos, e a sua Agran-Mur concedeu-lhe mais uma alcunha em Pelgrion: o Beija-flor Vermelho.
    Durante oito meses o Beija-flor Vermelho permaneceu como soldado de Pelgrion, lutando como qualquer outro homem pela cidade que começou a amar. No entanto as suas habilidades e o seu sobrenome eram demasiado grandes para um soldado de campo, e foi sem grandes surpresas que foi transferido para a guarda Imperial do palácio do Dragão. A casa de Vashir era uma das mais influentes em Erëgar, e as suas habilidades demasiado úteis para serem utilizadas num guarda da cidadela, mesmo que fosse essa a sua vontade. O Beija-flor Vermelho era um homem de poucas ambições, com gostos simples e uma personalidade humilde e afável, completamente diferente da que era requerida na corte de Pelgrion. O único local onde se sentia verdadeiramente à vontade era no campo de batalha, e mesmo com o seu novo estatuto continuou a passar a maioria do tempo com os soldados, cujo relaxado ambiente e descontraído espírito o deixavam mais confortável.
    Com o aumento de estatuto de Viroo, também o seu acesso ao palácio se tornou mais facilitado. A beleza das grandes alas do palácio do Dragão era ainda maior da que a cidade exibia, e pelas suas ornamentadas paredes desfilavam enormes frescos e grandiosas estátuas. Viroo rapidamente se apaixonou pela magnificência do palácio, deleitando-se com as esplendorosas obras que o adornavam e que o entretinham por horas. Cada dia descobria mais um incrível detalhe onde julgara não haver nenhum, e cada dia compreendia mais o valor que Pelgrion encerrava.
    O acesso ao palácio e a sua posição na guarda Imperial permitiram também o acesso de Viroo aos lideres de Erëgar, e foi passado pouco tempo que viu a rainha pela primeira vez e por ela foi visto. Aos olhos de Viroo, a rainha Liandine era a mais bela obra de arte que Pelgrion encerrava, mais bela que qualquer obra que alguma vez tivesse existido no Rubi de Curnçio ou pudesse vir a existir. A sua beleza era tamanha que Viroo julgara ser ela a obra de arte que os deuses haviam deixado em Lilisver, que o seu rosto só podia ter sido esculpido pela própria Dineleth. E a realidade era que ela achava o mesmo dele.
    Graças à posição de Viroo na guarda imperial, ele podia ser chamado à presença da rainha sem qualquer justificação aparente, algo que a rainha começou a fazer com regularidade. A rainha Liandine era tão bela como severa, sendo o seu olhar capaz de fazer qualquer homem sentir-se com seis anos, e nunca ninguém a ousava desafiar. Mas com Viroo era diferente. Apesar da rainha nunca permitir que ele se esquecesse com quem falava, falava-lhe num tom mais suave, concedendo-lhe constantemente o seu raro doce sorriso. E mesmo que mais não fosse que um soldado, Viroo concedia-lhe o seu.
    Para a cidade de Pelgrion e para o mundo, Liandine permanecia a indiscutível soberana e Viroo o seu fiel servo, mas com o passar dos anos a sua ligação começou a tornar-se difícil de ocultar. Pela altura que Viroo foi nomeado capitão da guarda imperial, apenas cinco anos após a sua chegada à cidade da Arte, já rumores sobre a relação entre ambos circulavam pelos corredores. Liandine ainda não escolhera um rei que se sentasse a seu lado no trono do Dragão, pois tendo subido ao poder com apenas dezanove anos, sempre se preocupara muito mais em impor a sua vontade e o respeito que lhe era devido. A todos os pretendentes havia recusado a sua mão, pois via no casamento uma perda da sua influência e no seu poder, e desde que tomara o trono jurara nunca o perder. Mas à medida que os anos iam passando a pressão na corte aumentava, e mesmo o povo desejava ver o trono do Dragão completo e eventualmente um sucessor. E pela primeira vez desde que a dourada tiara de Dineleth conquistara a sua testa, Liandine considerava a hipótese de entregar a coroa de Olgalf a Viroo.
    Leonardo Brandão
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    O Beija-flor Vermelho (Conto fantasia épica) Empty Re: O Beija-flor Vermelho (Conto fantasia épica)

    Mensagem por Leonardo Brandão Seg Ago 09, 2010 8:45 am

    Infelizmente não me foi possível colocar o 3o capitulo devido ao seu tamanho. No entanto podem consultar o resto da história na pagina:

    http://espadasdodestino.wordpress.com/lendas/o-beija-flor-vermelho/

      Data/hora atual: Qui Nov 21, 2024 7:14 am