Literatura Fantástica



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    Produção narrativa

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    Leonardo Schabbach
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Dom Mar 28, 2010 6:55 pm

    Criei o tópico para discutirmos algumas questões narrativas, acho que pode ser bem interessante. Pelo menos eu acho que poderia dividir algumas opiniões com o pessoal e também aprender com as visões e processos de cada um.

    Para começar, só por uma questão de curiosidade mesmo. Um monte de gente fala que escrever bem é cortar palavras. Mas por ai vemos muitos livros com mais adjetivos preenchendo as frases (e vejo muitos textos assim pela internet também). O que vocês pensam sobre esse assunto?
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    Mensagem por Isie Fernandes Dom Mar 28, 2010 8:08 pm

    Hum! Para mim, escrever bem não depende apenas de cortar palavras, mas de usá-las com propósito e sentido, na medida.
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    Mensagem por Tiago Lobo Ter Abr 06, 2010 12:31 am

    Na minha opinião, o escritor que pensa que "escrever bem é cortar palavras" se boicota. Se limita. O Stephen King já disse algo parecido, mas em outro contexto. O processo criativo dele se resume em escrever, ler, cortar, reescrever, ler cortar e etc. Mas não dá pra pensar que ele lê seus textos pensando em cortar tudo o que puder.

    Existem coisas que podem, e devem, ser cortadas de um texto. Falo de redundâncias, explicações que ofendam a inteligência do leitor, trechos enfadonhos, frases prolixas, erros de coerência, frases que gerem cacofonia, repetição e uso demasiado de termos (aí entram os advérbios, artigos indefinidos, alguns pronomes e os adjetivos). Pontuação que interrompa o fluxo da leitura, uso exagerado de parênteses, vírgulas, travessões (quando fora do contexto de fala).

    Em suma tem muita coisa que se pode cortar, mas é preciso, antes de qualquer coisa que o autor respeite seu próprio estilo de escrita. Se você gosta, por exemplo, de abusar de vírgulas e sabe usá-las: nenhum problema. Nada errado, só cuidado pra manter uma leitura agradável ao leitor.

    O problema que tenho notado nessa mania "moderna" de cortar é que os textos acabam partindo de fórmulas "quase científicas" para o desenvolvimento de uma suposta literatura. Fica muito pasteurizado. E essa mania e cortar tudo é, essencialmente, de contistas que não entenderam, ainda, a proposta desse gênero da prosa.

    Abraços.
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    Leonardo Schabbach
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Ter Abr 06, 2010 12:37 am

    Tiago Lobo escreveu:Na minha opinião, o escritor que pensa que "escrever bem é cortar palavras" se boicota. Se limita. O Stephen King já disse algo parecido, mas em outro contexto. O processo criativo dele se resume em escrever, ler, cortar, reescrever, ler cortar e etc. Mas não dá pra pensar que ele lê seus textos pensando em cortar tudo o que puder.

    Existem coisas que podem, e devem, ser cortadas de um texto. Falo de redundâncias, explicações que ofendam a inteligência do leitor, trechos enfadonhos, frases prolixas, erros de coerência, frases que gerem cacofonia, repetição e uso demasiado de termos (aí entram os advérbios, artigos indefinidos, alguns pronomes e os adjetivos). Pontuação que interrompa o fluxo da leitura, uso exagerado de parênteses, vírgulas, travessões (quando fora do contexto de fala).

    Em suma tem muita coisa que se pode cortar, mas é preciso, antes de qualquer coisa que o autor respeite seu próprio estilo de escrita. Se você gosta, por exemplo, de abusar de vírgulas e sabe usá-las: nenhum problema. Nada errado, só cuidado pra manter uma leitura agradável ao leitor.

    O problema que tenho notado nessa mania "moderna" de cortar é que os textos acabam partindo de fórmulas "quase científicas" para o desenvolvimento de uma suposta literatura. Fica muito pasteurizado. E essa mania e cortar tudo é, essencialmente, de contistas que não entenderam, ainda, a proposta desse gênero da prosa.

    Abraços.

    Muito interessante sua visão. Eu também não sou muito fã desta regra de "cortar palavras". É claro que é natural, na hora da revisão de um texto, que você corte muitas coisas, assim você pode deixá-lo mais próximo da perfeição. Mas, como você disse, é cortar coisas desnecessárias. Muitos autores tem produzido textos por demasiados secos por causa disso. Fica escrito direitinho até, mas não causa nada em que lê, falta alguma coisa; na minha opinião, perde-se muito valor literário.

    Por outro lado, há autores de prosa bem seca que considero fantásticos. Já citei ele aqui várias vezes, mas o Gonçalo Tavares é um deles (ele tem uma série de livros de contos O Bairro). Enfim, no final depende do estilo de cada um, depende também da própria história, das personagens, se é em primeira pessoa a narração ou não. Há muita coisa a ser considerada.
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    Mensagem por Tiago Lobo Ter Abr 06, 2010 2:18 am

    Um autor com uma prosa bem seca é o Asimov, eu acho. E o cara é muito bom.

    Eu defendo: tu pode cortar teu texto, condensar e etc, mas não perca o foco narrativo, o estilo da escrita e afins.

    Mês passado entrei em uma acalourada discussão acerca do que define um conto. Percebi que a maioria das pessoas pensa que um conto é uma narrativa curta, quando não é. Aí fui explicar pro pessoal... São autores novos, alguns sem qualquer experiência (o que não deprecia sua literatura), portanto admiti que gostariam de aprender. Ledo engano, ingrata supresa.

    Acabamos debatendo sobre teoria do conto, da qual a maioria do pessoal não conhecia e eu identifiquei uma coisa enquanto explicava um tantinho sobre as teorias do Poe e do Tchekóv.

    Quando falamos em *brevidade, concisão, unidade de efeito e clímax* o pessoal começa a picotar seus textos curtos (que não são contos), para ficarem mais curtos, na tentativa de se adequar ao gênero. Esse é outro erro corrente. Então eu parto do pressuposto de que boa Literatura é diretamente proporcional a sensibilidade criativa.

    Existem autores que nunca estudaram literatura e são ótimos, mas não fazem a regra. E não devemos ser prepotentes a ponto de pensar que não precisamos de estudo.
    Então eu acho que mais importante do que cortar palavras é estudar pra entender a ferramenta (palavra escrita) e o meio de comunicação (impresso/livro) que se pretende utilizar pra gerar uma sensação no leitor. Feito isso, acho que o produto final só tende a se beneficiar.
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    Mensagem por Isie Fernandes Ter Abr 06, 2010 6:25 am

    Oi, Tiago!
    A questão Conto sempre foi um nó em minha cabeça. Li algumas coisas na net que só fizeram me confundir ainda mais. Então, finalmente encontro algo que me esclarece: uma narração curta, sem descrições além do necessário, sem isso, sem aquilo... Aí, veio você...
    Ora, afinal, o que é um conto? Conto é aquilo que chamo de conto? Suspect Tenho interesse em desatar esse nó.

    PS. Acabo de chegar do Fórum Escrivaninha. Li suas considerações sobre os contos e entendi claramente. Entretanto, ficarei contente se você estiver disposto a dar maiores explicações.

    Valeu!
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    Mensagem por Tiago Lobo Ter Abr 06, 2010 6:50 am

    Um conto é uma narrativa curta que tenciona causar uma grande excitação no leitor. A teoria aplica ao conto alguns elementos como brevidade, concisão, unidade de efeito, clímax e fio condutor ao desenlace. Todo conto é escrito pensando em seu final. Até o século passado ainda se tinha a idéia de que um conto precisa de um final surpreendente, mas isso mudou. Mas é um axioma que um conto precisa de um bom final.

    Vou copiar aqui um post que fiz sobre opiniões de grandes autores sobre contos. Tu pode ver que as teorias sempre acabam em um ponto comum relacionado ao impacto que um conto deve ter no leitor.

    Review of Twice Told Tales de 1842

    O Poe tem um ensaio destacando a indispensabilidade da leitura de um conto em uma só tacada. Se não é lido de uma vez, o conto não funcionou. O autor deve conseguir com o mínimo de meios, o máximo de
    efeito (falando aqui da Unidade de Efeito e Impressão, referente a extensão de um conto).

    Tudo que é escrito em um conto precisa ter uma função, nada é gratuito ou dispensável.

    Ele defendia a "Intensidade como aocntecimento puro", desprezando comentários, descrições acessórias, diálogos marginais e considerações posteriores que destroem a estrutura da narrativa curta (apesar de
    servir bem ao romance).

    The Philosophy of Composition 1846

    Ele disserta sobre a teoria da Unidade de Efeito e de Impressão, aprofundando o conceito em referência a reação que o conto pretende causar no leitor.
    — // —
    Depois temos o Tchekóv, adepto das teorias do Poe, com sua "Teoria de Impressão Total" com "mínimo de enredo, máximo de emoção".

    The philosophy of the short story

    Brander Matthews defende que “um verdadeiro conto difere do romance devido à sua unidade de impressão”

    De Poe a Kafka: para una teoria del cuento

    Mário Lancelotti diz que o conto é a operação estrita do olho: atenção no estado puro. O menor desvio põe em perigo o incidente, que é o acontecimento e o efeito, salientando a necessidade de um alto nível
    de atenção que o gênero exige para sua leitura.

    Julio Cortázar

    Resume o conceito de Poe, chamando o conto de uma verdadeira máquina de criar interesse. Aquilo que ocorre num conto, para Cortázar, deve ser intenso, entendendo-se intensidade como o palpitar da substância da narrativa, um núcleo animado inseparável e decisivo, em torno do qual orbitam os demais elementos, e diz: “no conto vai ocorrer algo, e esse algo será intenso ”

    Assim como o romance se relaciona ao filme, à novela, agindo por acumulação, tendo um desenvolvimento de elementos parciais, para Cortázar o conto é como uma fotografia. De acordo com alguns fotógrafos, sua arte se apresenta como um paradoxo, que Cortázar considera também próprio do conto: o de recortar um fragmento da realidade, fixando determinados limites, mas de tal modo que esse recorte atue como uma explosão que abre de par em par uma realidade muito mais ampla.

    Teoria y técnica del cuento

    Imbert apresenta, da mesma forma, uma concepção do gênero relacionada à intensidade e à tensão, afirmando que a concepção de um conto implica um “esquema dinâmico de sentido”. A mente do contista
    parte de uma idéia problemática em busca de soluções imaginativas. E esse rápido esquema intuitivo se reforça porque o contista está convidando as personagens que também saltam de uma tensão a uma
    imediata distensão. Os impulsos de curto alcance na criação do conto imitam os impulsos espontâneos e espasmódicos da vida [...] No conto, a fantasia convida o leitor a se aventurar em uma ação possível.

    De Poe a Piglia: em busca das teorias sobre o conto e o encontro de uma gramática do silêncio

    Hemingway diz em sua teoria do iceberg : para o escritor, se o livro está escrito com carga suficiente de verdade, o escritor deve omitir partes dessa verdade, que, mesmo ocultada no interior do texto, é capaz de cooptar seu leitor de maneira convincente e segura. O não dito prevalece sobre o dito, o sugerido ganha estatuto de fato consumado: o leitor, se o escritor está escrevendo com verdade suficiente, terá uma sensação mais forte do que se o escritor declarasse tais coisas. A dignidade do movimento do iceberg é devida ao fato de apenas um oitavo de seu volume estar acima da água .

    Diz, ainda, que o conto carrega um significado próprio, como unidade autônoma, mas ultrapassa esse significado quando rompe com seus próprios limites “com essa explosão de energia espiritual que ilumina
    bruscamente algo que vai muito além da pequena e miserável história que conta.

    —//—

    Conto significa “Narração falada ou escrita de um acontecimento (fato)

    Um conto é uma narrativa curta, breve e concisa, onde o autor constrói a obra para subsidiar seu desfecho. Em um conto não é necessário situar o leitor, traçar linha cronológica e dissertar sobre a sociedade em que se encontra o protagonista. Um conto descreve um fato, um ‘causo, um acontecimento que leva ao desenlace, usando cada frase como um fio condutor para o clímax final. Então o cenário fica, aí, em segundo plano, com a situação-problema em evidência e/ou a investigação psicológica do personagem a protagonizar a narrativa.
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    Mensagem por Isie Fernandes Ter Abr 06, 2010 7:11 am

    Obrigada, Tiago!
    Hahaha... Acho que já tinha lido tudo isso. Mas ajudou bastante, porque agora estou discutindo na prática.

    Então, é verdadeiro afirmar que se no romance o autor vence o leitor por pontos, no conto, o faz por nocaute... (como disse o escritor argentino Julio Cortázar)
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    Mensagem por Tiago Lobo Ter Abr 06, 2010 7:17 am

    Certíssimo!
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    Mensagem por Isie Fernandes Ter Abr 06, 2010 7:18 am

    Hahaha!

    Fui!
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Ter Abr 06, 2010 12:28 pm

    Isie Fernandes escreveu:Obrigada, Tiago!
    Hahaha... Acho que já tinha lido tudo isso. Mas ajudou bastante, porque agora estou discutindo na prática.

    Então, é verdadeiro afirmar que se no romance o autor vence o leitor por pontos, no conto, o faz por nocaute... (como disse o escritor argentino Julio Cortázar)

    Gosto muito dessa frase. Eu particularmente adoro contos. Tenho melhorado bem escrevendo eles (até pouco tempo preferia me manter nos livros maiores e nos poemas, que é de fato o que mais gosto). E, batendo na mesma tecla aqui de novo, pra quem não conhece, leiam a coleção O Bairro, do Gonçalo Tavares. Comecem pelo livro o Sr. Brecht. Contos curtíssimos, mas geniais.

    O próprio Saramago disse uns anos atrás (ao entregar um prêmio para o Gonçalo) que: "Gonçalo M. Tavares escreve tão bem aos 35 anos que dá vontade de lhe bater". É que o Saramago só começou a escrever mesmo depois de muito velho, então ele tem "raiva" do cara ser tão bom e tão cedo.
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    Mensagem por Isie Fernandes Ter Abr 06, 2010 11:33 pm

    Obrigada pela indicação, Léo! Vou procurar essa coleção, em particular. Laughing
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    Mensagem por Tiago Lobo Qua Abr 07, 2010 12:26 am

    Ah, Isie, tem um livro que eu sempre indico pro pessoal dar uma estudada sobre contos: Teoria do Conto da Nádia Battella Gotlib.


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    Mensagem por Isie Fernandes Qua Abr 07, 2010 12:58 am

    Boa, Tiago!

    Assim aprendo de uma vez por todas como produzir bons contos. Very Happy

    Obrigada!
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Qua Abr 07, 2010 4:03 pm

    Aqui tem um arquivozinho no word com 1 conto do Gonçalo de cada um dos livros do bairro que tinha sido lançados até um tempo atrás (dos 4 primeiros que saíram no brasil). Pode ser que ajude a decidir se vale ou não comprar Isie, antes que você compre e, de repente, não goste do estilo.

    O Bairro
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    Mensagem por Isie Fernandes Qua Abr 07, 2010 5:08 pm

    Que ótimo, Léo! Muito obrigada mesmo.
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Qua Abr 07, 2010 6:00 pm

    Disponha Produção narrativa Icon_smile
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    Mensagem por Isie Fernandes Qui Abr 08, 2010 5:31 am

    Poxa, Léo, realmente... Gostei não... No EU AMEI!

    Obrigada. Very Happy
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Qui Abr 08, 2010 2:28 pm

    Pois é. E ele ainda é muito "novo". Eu tenho uma cacetade de livros dele, para mim é um dos melhores hoje e estará entre os grandes conforme passarem os anos. Em portugal o pessoal tem grandes expectativas em cima dele.
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    Mensagem por Isie Fernandes Qui Abr 08, 2010 5:30 pm

    Deixa entrar uma graninha que vou comprar os meus...
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    Mensagem por mayarend Qui Abr 15, 2010 7:40 pm

    Acho que cada autor tem seu estilo.
    Tolkien é irritantemente prolixo. Descreve cada folha da árvore. Mas é maravilhoso.
    Muitos autores poderiam ter escrito em um conto toda aquela história.. Mas ele decidiu por 3 livros Wink
    Não existe fórmula mágica. Existe estilo - e que a pessoa faça o melhor que pode, com seu estilo!
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    Tiago Lobo


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    Mensagem por Tiago Lobo Qui Abr 15, 2010 9:07 pm

    Eu já não acho o Tolkien prolixo, o acho chato em certos pontos de seus livros. Mas adoro a obra, no entanto muita coisa do estilo narrativo dele não me agrada. Principalmente em o Silmarilion.
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    Mensagem por mayarend Sex Abr 16, 2010 12:14 pm

    Talvez prolixo não seja a palavra correta, mas ele definitivamente enrola MUUUITO mais do que precisaria...
    Eu gosto do livro, mas, realmente, no Silmarillion ele se passou terrivelmente. Um livro que precisa de árvores genealógicas pra entender, fica complicado :S
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    Leonardo Schabbach
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    Mensagem por Leonardo Schabbach Sex Abr 16, 2010 4:44 pm

    Ele é muito descritivista, realmente. Agora, Silmarillion é muito mais um livro de informações do que um livro de fato literário, por isso é bem difícil de ler mesmo. Estranhamente, dizem que é a obra favorita do Tolkien, o livro de que ele mais gostava.
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    Mensagem por Elton das Neves Sáb Abr 17, 2010 12:04 am

    Nossa Tiago, sinto muito amigo, sei que teve o melhor das intênções, mas não consegui entender bulufas do que seria realmente um conto. Quantas palavras e explicações dificeis e complicadas, e de uma complexidade inútil, tenho certeza que literatura é um gênero da arte muito mais simples do que este emaranhado de teorias sobre o que seja um conto, crônica,artigo, romance, poesia ou seja lá que gênero literário estejamos falando. Será que estes doutores da lei da literatura sabiam do que estavam falando?Se sabiam, e acho que um deles como Edgar Alan Poe sabia, eles com sua linguagem academica não consiguiam como não conseguem até hoje fazer alguém entender oque é um conto. Porque não chega alguém e de forma simples, clara, consisa e nos explica oque torna um texto um conto?Bom, vai ver que o problema está comigo, talvez eu seja ignorante demais para alcançar a compreenção deste emaranhado de palavras para explicar oque é um gênero de textos tão curtos e consisos. Acho que teoria literária deveria servir para nos eslarecer e não nos confudir. Um dia o messias chegará e com uma linguagem que nos atinja e nos ilumine nos falará de literatura como ela deve ser falada. Até lá, terermos de ler calhamaços de explicações confusas. Abraços literários.
    ----------------
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