Como descrever cenas

Bom, esse é um dos meus grandes problemas, sinto dificuldade na hora de escrever uma cena. Me falta palavras, sinto um certo bloqueio.

Então eu estava procurando no google, um site com dicas sobre o assunto, quando achei o seguinte tópico em um fórum:

Lizard's Lair - Como Descrever Cenas

Eu achei bem interessante, e de certa forma me ajudou. ^^

Espero que ajudem outros, que como eu, tem dificuldade nisso.

Vou dar uma olhada, depois volto aqui pra dizer o que achei. Mas isso me deu uma idéia para um texto, talvez eu trabalhe ela melhor, também algo voltado para a descrição de cenas e tudo mais. Abraço!

Valeu, Calvin, vou conferir também.

Voltei!

Eu li o artigo. Achei interessante, mas é como ela disse, não dá pra usar a técnica o tempo inteiro, porque fica muito chato de ler. Gosto de misturar também as sensações com sentimentos. Quando descrevo algo, e não descrevo tudo - não sei se é um defeito meu, me se sinto cansada quando leio muitas descrições detalhadinhas -, faço uma ligação entre os sentidos e as memórias dos personagens, viajo e volto. Fiz isso várias vezes no romance que estou escrevendo, especialmente no capítulo Toque Blanche. Quando a personagem vê o piano de cauda longa, ela não olha pra mais nada no apartamento. O instrumento é lindo e caríssimo, arrebata as suas emoções e a lança em suas lembranças. Acontece depois como o toque blanche esquecido sobre banqueta, e a sensação se repete com outro personagem, ele recebe um elogio na cozinha e eu, narradora, explico a trajetória de sua família em um parágrafo.

Acho que não sou tão boa narradora, nesse ponto o Leo sempre me surpreende. Quando li o Capítulo 5 - A Estrada dos Reinos, O Legado, pensei: "Leonardo Schabbach atingiu a perfeição..."

E aí, gostaria de analisar meu texto? Que responsa!

Isie Fernandes escreveu:Valeu, Calvin, vou conferir também.

Voltei!

Eu li o artigo. Achei interessante, mas é como ela disse, não dá pra usar a técnica o tempo inteiro, porque fica muito chato de ler. Gosto de misturar também as sensações com sentimentos. Quando descrevo algo, e não descrevo tudo - não sei se é um defeito meu, me se sinto cansada quando leio muitas descrições detalhadinhas -, faço uma ligação entre os sentidos e as memórias dos personagens, viajo e volto. Fiz isso várias vezes no romance que estou escrevendo, especialmente no capítulo Toque Blanche. Quando a personagem vê o piano de cauda longa, ela não olha pra mais nada no apartamento. O instrumento é lindo e caríssimo, arrebata as suas emoções e a lança em suas lembranças. Acontece depois como o toque blanche esquecido sobre banqueta, e a sensação se repete com outro personagem, ele recebe um elogio na cozinha e eu, narradora, explico a trajetória de sua família em um parágrafo.

Acho que não sou tão boa narradora, nesse ponto o Leo sempre me surpreende. Quando li o Capítulo 5 - A Estrada dos Reinos, O Legado, pensei: "Leonardo Schabbach atingiu a perfeição..."

E aí, gostaria de analisar meu texto? Que responsa!

Bom, no meu caso ocorre geralmente o exato oposto: eu não detalho quase nada.

Os comentários que recebi, no meu blog, falando que minha história vai direto ao ponto (que segundo eles [acho que foi mais de um] é algo bom), para mim só me faz ver esse meu ponto fraco. Preciso mesmo é treinar essa parte da escrita, que eu tenho dificuldade...

Outra coisa que acho que tenho dificuldade são as falas. E outra que, eu sei que tenho dificuldade, é descrever roupas (Que foi o que eu estava procurando na verdade, quando encontrei este site que postei) [Caso alguém conheça algum site que trabalhe nisso (descrever roupas), teria como me passar? Eu procurei e infelizmente não achei \=)

Calvin, eu estive no seu blog. Não achei que você foi assim tão direto. Claro, ainda não li o segundo capítulo, vai ficar pra mais tarde ou pra amanhã - estou meio entupida de leituras agora -, mas eu gostei do que li.
As dificuldades que identifiquei não foram exatamente essas. Você me surpreendeu, sério! Tem algo que faço e você também faz... Lanço informações sem resposta imediata e explico à frente. Acho isso é bom, porque me deixa curiosa - continuo lendo textos assim, pra saber se aquele é um ponto importante da história ou apenas um furo do autor.

Sobre narrações, aqui mesmo nesse fórum, Dicas para Escritores, você encontrará dicas sobre narração e diálogo. Nem vou citar um tópico, existem vários. Dê uma lida.

Por que você quer saber descrever roupas? Fale como você vê e sente. Vou tentar...

Estava distraído demais, não esperava que aquilo acontecesse... Quando a porta se abriu, meu coração disparou. Eu sabia que era ela, estava ali, furiosa, e não havia ninguém mais irritante no mundo. Resolvi enfrentar a fera e levei o maior susto; aquelas pernas... Não consegui mais desviar a atenção, sua saia jeans, não era mini, mas micro, menos de um palmo. Respirei fundo, como eu poderia não surtar?

Acho que mais vale a intenção que desejamos passar com a descrição, a roupa ou o objeto em si não faz tanta diferença. Tente atrair a atenção para as emoções de quem narra; sejam boas, sejam ruins, que tais sensações possam fisgar o interesse do leitor. É isso que desejo fazer.

Isie Fernandes escreveu:Calvin, eu estive no seu blog. Não achei que você foi assim tão direto. Claro, ainda não li o segundo capítulo, vai ficar pra mais tarde ou pra amanhã - estou meio entupida de leituras agora -, mas eu gostei do que li.
As dificuldades que identifiquei não foram exatamente essas. Você me surpreendeu, sério! Tem algo que faço e você também faz... Lanço informações sem resposta imediata e explico à frente. Acho isso é bom, porque me deixa curiosa - continuo lendo textos assim, pra saber se aquele é um ponto importante da história ou apenas um furo do autor.

Sobre narrações, aqui mesmo nesse fórum, Dicas para Escritores, você encontrará dicas sobre narração e diálogo. Nem vou citar um tópico, existem vários. Dê uma lida.

Por que você quer saber descrever roupas? Fale como você vê e sente. Vou tentar...

Estava distraído demais, não esperava que aquilo acontecesse... Quando a porta se abriu, meu coração disparou. Eu sabia que era ela, estava ali, furiosa, e não havia ninguém mais irritante no mundo. Resolvi enfrentar a fera e levei o maior susto; aquelas pernas... Não consegui mais desviar a atenção, sua saia jeans, não era mini, mas micro, menos de um palmo. Respirei fundo, como eu poderia não surtar?

Acho que mais vale a intenção que desejamos passar com a descrição, a roupa ou o objeto em si não faz tanta diferença. Tente atrair a atenção para as emoções de quem narra; sejam boas, sejam ruins, que tais sensações possam fisgar o interesse do leitor. É isso que desejo fazer.

É que no meu caso, eu não conheço muito bem a terminologia das roupas. Pra mim, camiseta e camisa é a mesma coisa, (acho que é mesmo...) e tal. Mas no segundo capítulo da história eu coloquei algumas descrições de roupas. Tive que pesquisar no google, mas acho que consegui melhorar um pouco xD

Quanto a parte das falas, eu sei que tem aqui um tópico, por isso que eu nem pedi um site com isso xD

Calvin, roupa é roupa, é o que você acha. (hahaha!) Percebi você enrolado com as descrições das roupas no segunda capítulo... Posso dar um pitaco? Não se prenda a isso, não. Às vezes, ficará mais dinâmico dizer que a roupa era maior do que o menino, que ele estava num traje social completamente folgado... Sei lá, você que sabe o que deseja informar.

Mas vou ajudar... Camiseta não tem mangas (ou as mangas são curtas); camisa e blusa têm mangas (curtas ou compridas) e podem ser masculinas ou femininas; camisas de gola, mangas compridas e botões, são sociais; tem também camisa de botões e mangas curtas; camisetas podem ser regatas (alça estreita, cavadas ou não), machão (aquela de alça larga), baby look. Vou definir a blusa... A feminina cobre o corpo do pescoço à cintura (ou até mais abaixo), a masculina é simplesmente uma camisa folgada. Chamo de blusão aos casacos e blusas grandes de mangas compridas.

Tem razão, as fotos do Google de camisas, blusas e camisetas estão loucas! Precisei recorrer ao dicionário pra não passar informações erradas - essa é uma boa dica, consulte dicionários da língua portuguesa (Brasil).
Será que é só isso? Se precisar de mais alguma coisa, trabalhei em loja de roupas (hahaha!)

Verdade...

Opa, queria volta a esse tópico. Eu li as dicas, não concordo com todas elas, não. E obrigado Isie pelos elogios. Mas ainda estou longe da perfeição, haha. Leio Saramago e sempre me deprimo, como ele escreve bem!

Tipo, essas dicas que você passou Calvin são bem parecidas com a dos manuais para escritores americanos. Aqui no Brasil, especialmente, o pessoal é radicalmente contra a muitas delas. Aquela então de adjetivar, 5 adjetivos para 1 substantivo seria abominada por qualquer crítico brasileiro. Eu também não curto muito. Acho que deve-se adjetivar, mas com cuidado, você pode incrementar o texto com uma variação entre cena e cenário em vez de descrições físicas de cada lugar.

É claro que os leitores de fantasia gostam muito dessas descrições cheios de adjetivo, mas eu não sou muito fã. Se reparar na minha narração, eu, para descrever melhor e não ir tão direto ao ponto, ou vario entre cena e cenário ou vou para dentro da cabeça das personages, fazendo uma pequena digressão e, então, voltando de novo para o enredo, para aquilo que acontece.

Quer que explique melhor (não quis fazer um texto muito grande, hehe)?

Leonardo Schabbach, dá um tempo! Já mandei você parar com isso, e não é apenas elogio de fã. Sei que o Saramago narra muito bem - você diria que é perfeito -, mas teu estilo é peculiar. Ponto.

Leonardo Schabbach escreveu:Opa, queria volta a esse tópico. Eu li as dicas, não concordo com todas elas, não. E obrigado Isie pelos elogios. Mas ainda estou longe da perfeição, haha. Leio Saramago e sempre me deprimo, como ele escreve bem!

Tipo, essas dicas que você passou Calvin são bem parecidas com a dos manuais para escritores americanos. Aqui no Brasil, especialmente, o pessoal é radicalmente contra a muitas delas. Aquela então de adjetivar, 5 adjetivos para 1 substantivo seria abominada por qualquer crítico brasileiro. Eu também não curto muito. Acho que deve-se adjetivar, mas com cuidado, você pode incrementar o texto com uma variação entre cena e cenário em vez de descrições físicas de cada lugar.

É claro que os leitores de fantasia gostam muito dessas descrições cheios de adjetivo, mas eu não sou muito fã. Se reparar na minha narração, eu, para descrever melhor e não ir tão direto ao ponto, ou vario entre cena e cenário ou vou para dentro da cabeça das personages, fazendo uma pequena digressão e, então, voltando de novo para o enredo, para aquilo que acontece.

Quer que explique melhor (não quis fazer um texto muito grande, hehe)?

Se quiser fazer um texto maior, pode sim xD

Mas a parte de cinco adjetivos para um substantivo, eu não tinha pensado em aplicar na descrição, mas usar apenas como um exercício para melhorar as minhas descrições. Digo, pensar em cinco adjetivos, mas usar apenas um, ou outro. No caso, pensar em cinco seria mesmo para praticar, como eu disse ali em cima.

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Isie, valeu pelas explicações das roupas, ajudou bastante ^^. E acredito então que eu não tenha errado (muito) quando descrevi as roupas lá no cap. 2 xD

Calvin, você acertou mesmo na descrição das roupas. Quando eu disse "enrolado", significava "preocupado nas descrições". Por isso, dei o exemplo do garoto num traje social. Se você diz "traje social", está dizendo: calça e camisa sociais, sapatos sociais e, talvez, gravata e blazer ou paletó. Resume um pouco, seu texto é tão divertido e dinâmico, gosto disso! Claro, sou apenas uma leitora. Pronto, eu leio a maioria dos textos que os colegas postam, mas termino parando algumas leituras em certo ponto - por motivos particulares, nem sempre a trama me atrai tanto, embora goste do modo como escrevem. A sua história é do tipo que me prende, tenho vontade de continuar lendo.

É isso.

Vou dar uma exemplo retirado de onde a Isie falou que estava bom. Marquei em negrito a parte onde falo de fato do que está acontecendo, descrevo os acontecimentos e ações. O que não está em negrito trata-se de uma digressão, onde fujo do foco da história, daquilo que está acontecendo naquele momento pra falar de outra coisa. Isso é um dos exemplos do que gosto de fazer. Assim a narração leva mais tempo, não é tão direta, mas não é tão descritiva, inclusive trás mais aspectos da vida dos personagens e etc...

Gabriel cavalgava. Cortava as montanhas feito o vento; mais rápido do que qualquer cavaleiro, mais sábio e destemido do que qualquer general. Corria por seu povo e, principalmente, por seu mestre e amigo, o homem que tudo lhe ensinara, que lhe acolhera como um pai que ele nunca tivera. O rosto permanecia resoluto. Viajara por cinco dias na estrada que conectava o reino de Thomas ao de Sir Lance; passava agora por um imenso cânion que perfurava as cordilheiras rochosas. Não pretendia descansar, sabia que poderia ganhar um pouco mais de terreno, confiava em Duna, a égua negra em que montava, um animal magnífico que lhe fora dado por um membro do Povo das Fadas. Teríah-Duna era o seu nome completo, significava a “beleza do lago”. Nunca conhecera égua tão forte e tão rápida. Com ela, participara de inúmeras batalhas, mesmo sozinho, sem que as tropas inimigas o derrubassem.

Quando se aproximava do final do cânion, uma surpresa. Uma figura negra caiu do alto de um dos lados dos paredões rochosos poucos metros a sua frente.

Calvin, vou fazer um comentário sobre um pouco de tudo que acredito, sobre adjetivos, roupas, detalhes e etc.

Descrição de roupas
Acredito ser necessário SE isso for mudar alguma atitude de um personagem. Pense comigo, neste trexo que inventei: (rsrs)
"Mumphy ainda repensava se prosseguiria ou não com o convite de um jantar com Amile. Depois do que fiz com ela... Imaginou se ela também gostaria de dividir o mesmo espaço com ele, e receava bater à porta, com medo de vê-la deitada no sofá, comendo pipocas na presença de amigas, ou de um amigo. Pensava se ela poderia ter se esquecido do convite, ou teria recusado sem ao menos avisá-lo. Suas mãos suavam, e ele tocou a campainha. Já vou! ela gritou, descendo as escadas. Ao abrir a porta, meu coração disparou. Seu vestido vermelho, até os pés, o salto alto, a maquiagem no rosto e uma bolsinha miúda sob as mãos e um sorriso cintilante respondiam a minha pergunta. Ela havia me perdoado."

Neste caso, só existe a necessidade de especificar como ela estava vestida, por que isso mudava toda uma situação anterior. Nota-se que nao descrevo como ele estava se vestindo.
PS: No caso de não saber como denominar determinada roupa, sei bem como é. também passei por isso. Não sei nome de calças, cores, modelitos, cortes de cabelo, é muita coisa para saber de cor! então, recorro a net. rs.

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Descrições/adjetivos em geral
é legal descrever e qualificar os personagens, lugares e situações por um motivo óbvio: o leitor precisa se identificar com alguma coisa do seu personagem. Em meu novo livro - quimera bipolar - Heitor tem o hábito de estralar partes do corpo - dedos, costas, pescoços etc - e Carol sente uma imensa repulsa sobre isso. Pode achar que isso é uma caracteristica inutil, mas, das duas uma: ou meu leitor tem aversão a esse tipo de tique (se identificaria com Carol), ou também estrale - como eu - e se identifique com Heitor...
É lógico que é apenas um exemplo tosco, mas dá pra ilustrar bem..

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Detalhes dos personagensPode parecer tudo a mesma coisa - roupas, adjetivos, caracteristicas, etc - mas não é. o que digo sobre detalhes dos personagens principais, quero dizer que, determinado personagem precisa de algo para prender o leitor, como em Memória Marte, meu personagem principal era fissurado nos olhos de mel da minha protagonista. Parece similar ao que mencionei sobre o estralar os dedos, mas refiro-me a algo que - no meu caso - Marte gostava de mencionar, lembrar que Janaína tem os olhos mais bonitos do mundo, etc e tal.
Num exemplo prático e que todos saberão, está na série do Harry potter, em que todo bruxo que conheceu Tiago e Lilian diz que ele é a cara de Tiago, exceto os olhos, que são iguais ao de sua mãe.


pegaram? haha!