ESTRUTURAÇÃO DA NARRATIVA

Legal. Bom tópico. Depois virei aqui dar meus pitacos

Não acho que o autor de um livro possa me mostrar como ler um livro. Não acho que contenha alegorias em SdA, mas eu vou lê-lo do jeito que eu quiser.

Eu prefiro terceira pessoa mesmo. Gosto mais.

existem diversas formas de se escrever, que vai além de primeira e terceira pessoa.
Quando alguém já descobriu sua característica, seu estilo próprio, acaba utilizando a mesma forma de escrever, a mesma linearidade.
Pode se dizer isso de Dan Brown, que, em todos os seus livros você consegue verificar: Um romancezinho mixuruca, um bom embasamento em história e algum ramo da ciência específico, e uma história onde a resposta estava o tempo todo em sua mente e você não percebeu.
É incrivel como funciona nos livros dele. Os livros são bons, mas se você lê todos, percebe a mesma linearidade.

isso acontece também com Nicholas Sparks, que escreveu "querido John" e alguns outros que seguem o mesmo preceito: Nem sempre a história é como o leitor quer, onde o mocinho e a mocinha ficam juntos no final e sempre alguém morre.

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Tantas outras narrações, seja em primera ou terceira (conheço até uns pitacos em segunda pessoa), ou a mistura de algumas dessas narrações, não faz a característica de um autor, e sim a linearidade (ou não) do mesmo.

É claro que, para quem ainda não se descobriu (acredito que todos nós estamos sujeitos à mudanças), muita coisa pode acontecer...

Sobre os autores que você citou Gisa, eles são os autores de best-sellers. E essa fórmula que usam em todos os livros é na verdade muito criticada. O grande escritor mesmo varia muito de livro para livro e etc... falo aqui dos grandes nomes da literatura e etc... Há claro, um estilo, uma linha, mas não é algo formulaico.

Sei que não é nada formulado. Mas também sei que, se os best-sellers são o que são, é por que essa linearidade funciona (cada um a sua forma).

Atualmente a leitura está mais dinamica, sim. Porém, vejo que existe uma 'preocupação' em participar do processo criativo do escritor. Quando se encontra um livro bom, pelo menos no meu caso, eu gosto de saber o que mais ele escreveu.
Vou dar mais exemplos. "Eu sou o mensageiro" é escrito no presente, e tudo se baseia no desconhecido, quando o personagem principal recebe cartas de baralhos que o 'mandam' fazer algo, que ele pode muito bem escolher se vai ou não. No decorrer do livro, ele começa a achar que alguém que já morreu é o responsável por isso. Por outro lado, comecei a ler "A menina que roubava livros" do mesmo autor (Markus Zuzak), e percebo que é a morte quem narra. Ainda não posso dizer muita coisa, mas é uma especie de linearidade, ou, se eu estiver muito errada, diria que é apenas uma característica que o autor percebeu que funcionou, ou que ele acabou se identificando, e resolveu utilizar nos outros livros.

O mesmo acontece com o livro "O menino do pijama listrado", e "O garoto no convés" de John Boyne. Ainda não li o segundo mencionado, mas até mesmo pela capa vê-se que ele adota uma mesma formula.

Quando 'fórmulas consagradas' de livros que virarão best-sellers no mercado aparecem, eles seguem essa linha: A menina que roubava livros, o vendedor de sonhos, o caçador de pipas, e por aí vai...
Talvez eu esteja generalizando, afinal, neste caso tratamos de livros de literatura fantástica.. Mas, enquanto nós não descobrimos a nossa forma de escrever, ou como escrevemos melhor, vamos tentando...